sábado, 19 de setembro de 2009

SER FILHO DE MARIA


Pintura da Virgem Maria, S. José e o menino Jesus na oficina de carpinteiro. Este quadro está na Igreja de São José em Nazareth (Israel), segundo a tradição, a Igreja está construída, no local que era a oficina de carpinteiro da Sagrada Família.

Estamos no ano de 2009 e observamos notáveis avanços tecnológicos na humanidade. Mas, alguns ainda se escandalizam, pois, vivemos em um mundo fechado em si mesmo, onde muitos ignoram o seu sentido, o seu destino. Talvez por uma estreiteza de espírito, por ignorar o próprio Deus. Então, nesta aridez, porque não Falar de Santa Virgem Maria?

Como congregado mariano, consagrado desde 1974, para mim, neste mundo como está, não é estranho falar de Maria. Pelo contrário, se em cada dia 25 de setembro, completo, mais um aniversário de meu batismo. E, sabemos, que pelo Batismo passamos a ter parte com o Cristo, e aprendemos pela nossa fé, que as atitudes de Jesus podem ser as nossas atitudes.

Então, ser autêntico cristão (congregado mariano) requer que tenhamos uma abertura contínua, assim: 1) Uma atitude de amor filial para com o Pai, pelo Senhor Jesus, no Espírito Santo, ou seja, com toda a Trindade, a quem carinhosamente, invocamos “Pai nosso”; 2) Ter também, um profundo amor filial à Mãe de Deus, que também, carinhosamente chamamos ”nossa Mãe” e 3) Manter uma relação justa e fraterna, com os nossos irmãos.

Desta forma “à medida que nos vemos mais conformados ao estado de Jesus, mais vamos descobrindo Maria, o que Ela é para Ele, e com isto o que deve ser para nós” (Cf. Figari, LF, em Companhia de Maria). Nós congregados marianos, podemos dizer, que somos abençoados ao sermos convocados a percorrer esse caminho, no “hoje” da Igreja.

A nossa vocação de cristão (congregado mariano) é a de viver o estado de Jesus, que é o de Filho de Maria. Não se trata, de uma atitude melosa e pietista, nem de considerar Maria como uma Divindade Feminina. Então viver o estado de Filho de Maria requer uma devoção mariana cristocêntrica.

O amor que professamos a Santa Maria é o mesmo que o próprio Cristo professava a sua Mãe. Isto é comunhão, é conformar-se ao próprio Cristo, o Verbo Encarnado. Não se pretende imitar um mistério ou outro de Cristo, mas sim, imitarmos a Deus, no estado de Filho de Maria, ou melhor, será uma transformação, uma conversão total, pois Jesus é o modelo e princípio da vida interior, conf. Jo, 4,14: “mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”. Ainda, Jo 6,48: “Eu sou o pão da vida”.

Então, irmãos, que outro sentido pode ter as palavras de São Paulo, quando fala a cada um de nós, exortando a sermos fiéis filhos de Maria (cf. Gl 2,20: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim...”). Conformai-vos ao Cristo, este é o melhor caminho para sermos verdadeiros filhos de Maria.

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